Lampião não foi boiola
Mas um grande cidadão
Que pôs ordem no cerrado
Foi lei dura no sertão
Ele não se acovardava
E quando o fogo queimava
Ele punha mais carvão
Cabra macho,arretado
Quase nunca ele dormia
Longa noite em longa guarda
Era sentinela ao dia
Com os homens do cangaço
Protegia o seu pedaço
Com bravura e galhardia
Com a Maria tão bonita
Partia em longa viagem
Buscando surpreender
Quem andava em vadiagem
Se encontrava o vadio
Encurtava o seu pavio
Punha fim na molecagem
Quem de perto não sentiu
A bravura deste homem
Por favor,minhas palavras
Por lenda não as tomem
São palavras verdadeiras
Iguais às vacas ligeiras
Que dos cangaceiros somem
A outra face da moeda
É o mais interessante
Lampião era um poeta
Fez poesia,num rompante
Dedicada à Maria
Onde punha a alegria
Do seu coração amante
Isto foi por um instante...
*soninha*
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